PELO CANO
O centro da pesquisa deste espetáculo é a dramaturgia tradicional de palhaço. Isto significa, para duas mulheres, uma releitura da palhaçaria clássica, que é inteiramente escrita para palhaços homens. Portanto, não partiram de um texto pronto, mas de pequenas situações onde as palhaças revelam sua forma de pensar o mundo.
Os objetos também fazem parte do espetáculo. Eles revelam a inaptidão do palhaço com a realidade. Utilizam objetos cotidianos: dinheiro, fita crepe, sifão de pia, televisão. Trabalham eles de diferentes formas que escapam da sua função cotidiana e utilitária. Esses objetos por vezes revelam novos espaços, emitem sons incorporando-se às músicas ou adquirem independência como se estivessem vivos. A capacidade do palhaço de transformar a realidade em que está inserido se estende ao objeto.
Por fim a música, que aparece poucas vezes neste espetáculo. Quando aparece é sempre tocada ao vivo pelas palhaças que utilizam violão, violino, flauta e voz. Ela serve como suporte para gags musicais. É um espetáculo silencioso.
Este espetáculo contou com muitos colaboradores: os palhaços dos Doutores da alegria, os palhaços-atletas do Jogando no Quintal e Fernando Sampaio palhaço da Cia La Mínima. São parceiros e profissionais pelos quais nutrem grande admiração e que, como elas, têm a mesma paixão: o ofício da palhaçaria.
Criação,direção e atuação
Paola Musatti e Vera Abbud
Supervisão
Fernando Sampaio
Cenário
Marisa Bentivegna
Cenotecnia
Fernando Bretas Onozone studio
Figurino
Daniel Infantini
Iluminação
Marisa Bentivegna
Manipulação de objeto Edu Amos
Técnico de luz: Aline Barros
Técnico de montagem Tiago Machado
Efeitos Sonoros
Marcelo Lujan
Fotos
João Caldas , Elenize Dezgeniski, Dora Mendes e Leco de Souza , Vivian Zerbatto